Projeto Piscicultura

Dentro do projeto marcha contra o crack e outras drogas criei um projeto para a piscicultura, uma forma das comunidades terapêuticas pagarem as suas contas. Continue Lendo >>>



quarta-feira, maio 25, 2016

Brasil perde 12 cidades de São Paulo em Mata Atlântica em três décadas




Nos últimos 30 anos, a Mata Atlântica teve 1,887 milhão de hectares desmatados, o equivalente a 12,4 vezes o tamanho da cidade de São Paulo. Apesar de a maior parte (78%) dessa perda de vegetação ter ocorrido entre 1985 e o ano 2000 e de as taxas estarem em queda desde 2005, a supressão de floresta continua ocorrendo no bioma mais devastado do País.
É o que mostra a nova edição do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, divulgado nesta quinta-feira, 26, pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O documento, referente ao período de 2014 a 2015, traz também uma análise consolidada da devastação em 30 anos de monitoramento.
O trabalho observou que no ano passado a Mata Atlântica perdeu 18.433 hectares, taxa 1% maior que a do período anterior, que foi de 18.267 ha. São valores menores que os registrados entre 2011 e 2013 - quando por dois anos consecutivos a taxa voltou a crescer -, mas ainda são maiores dos que as perdas ocorridas entre 2008 e 2011, as menores da história do monitoramento do bioma.
"Temos um lado positivo. Em 7 dos 17 Estados da Mata Atlântica, a taxa de perda está no nível de desmatamento zero, com menos de 1 km² ou 100 hectares de desmatamento (1 ha é mais ou menos o tamanho de um estádio de futebol). É o caso de São Paulo e Rio de Janeiro", afirma Marcia Hirota, diretora executiva da Fundação SOS Mata Atlântica e responsável pelo trabalho.
Por outro lado, alguns dos Estados que ainda apresentam as maiores áreas de remanescentes florestais estão entre os campeões de desmatamento. Minas Gerais, que tem a maior área de floresta (2,8 milhões de hectares), voltou a liderar o ranking, com perda de 7.702 ha (37% a mais que os 5.608 do período 2013-2014). O Estado já havia sido campeão por cinco anos, a partir de 2008, só perdendo a posição de 2013 para 2014 para o Piauí.
Araucárias
A pesquisadora chama a atenção também para o Paraná, que registrou um aumento de 116% no corte, chegando a 1.988 hectares "Foram 1.777 hectares na região de araucárias, um tipo de floresta que tinha sido superimpactado no passado. O Paraná foi o Estado campeão entre 85 e 90 e entre 95 e 2000. A partir daí, tinha reduzido bastante", afirma.
Os quase 2 milhões perdidos nos últimos 30 anos são só a última etapa da história de uma devastação que começou com a descoberta do Brasil. Da área que originalmente era ocupada pelo bioma, hoje restam cerca de 12,5%, se considerados os fragmentos com mais de 3 ha. O desmatamento de 1985 para cá equivale a 1,44% do que havia no começo.
"A história do Brasil é a história da devastação da Mata Atlântica. Cada ciclo de desenvolvimento do País foi um ciclo de destruição da floresta. Hoje é muito menor, mas porque quase não há mais Mata Atlântica, porque grande parte está na mão de particulares, que preservam, e porque temos uma lei que proíbe seu corte. Mas precisamos reflorestar", diz Marcia.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo


Conselho de Ética receberá parecer final sobre Cunha na terça-feira


O presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado José Carlos Araújo (PR-BA), receberá na próxima terça-feira, 31, o relatório final do processo por quebra de decoro parlamentar contra o presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A expectativa é que o parecer do relator Marcos Rogério (DEM-RO), que deve recomendar a cassação do mandato do peemedebista, comece a ser discutido pelo colegiado no dia seguinte.

Com boa parte do parecer pronto, Rogério estava disposto a protocolar o documento um dia antes, mas Araújo não estará em Brasília na segunda-feira, 30, para receber o parecer. O advogado Marcelo Nobre ainda não entregou a defesa final do peemedebista. O prazo da defesa termina na sexta-feira, 27.

A partir da entrega do parecer de Rogério, o presidente do conselho pode convocar uma reunião para as 24 horas seguintes. Essa reunião será destinada à leitura, discussão e votação do parecer. O regimento prevê que qualquer conselheiro peça vista ao processo, o que adiaria a votação por dois dias úteis. A votação em si deve acontecer entre os dias 7 e 9 de junho, dependendo das manobras regimentais que os aliados de Cunha utilizarem para adiar a votação.

Cunha é acusado de ter mentido à CPI da Petrobras ao negar que tivesse contas no exterior. O relator tende a incluir a informação de que as contas encontradas na Suíça - que o deputado afirma se tratar de trusts - eram abastecidas com dinheiro recebido supostamente de vantagem indevida, o que poderia aumentar as chances de aprovação do pedido de cassação de mandato. Testemunhas investigadas na Operação Lava Jato afirmam que entregaram dinheiro do esquema de corrupção na Petrobras a Cunha.

Fonte: Joven Pan

Seminário da OAB-DF discutirá Internação Compulsória de Crianças e Adolescentes Viciadas em Crack e Outras Drogas (programa abaixo)







Patricia Nunes Naves
Presidente da comissão Especial de Prevenção ao Uso de Drogas


Na segunda-feira (30), das 19h às 22h, no Auditório da OAB-DF, será realizado o Fórum “Internação Compulsória de Crianças e Adolescentes Viciadas em Crack e Outras Drogas – Problema de Saúde Pública do DF”. Realizado pela Comissão Especial de Prevenção ao Uso de Drogas (CPUD) da entidade, o evento é apoiado pelo Movimento Nacional Brasil Sem Drogas e conta com a participação do ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, do promotor de justiça titular da 27ª Promotoria da Infância e Juventude e presidente do CEAD (Conselho Estadual Antidrogas) de Mato Grosso do Sul, Sérgio Harfouche, do Promotor de Justiça do MPDFT e Conselheiro do CONEN/DF e autor do livro "Tráfico de drogas", José Theodoro Corrêa de Carvalho.


Para a presidente da Comissão Especial de Prevenção ao Uso de Drogas da OAB-DF, Patrícia Nunes Naves, "será um momento único de se discutir um problema sério que não tem sido enfrentado da maneira adequada no Distrito Federal", aponta.


Naves aponta que o objetivo da Internação Compulsória  "é resgatar aquela pessoa levada ao crime pelo vício, e que ela não pode ser aplicada em todos os casos que envolvem a droga. A medida alternativa deve existir apenas para quem comete pequenos delitos, ou crimes considerados de baixo potencial", diz a presidente da CPUD da OAB-DF. 


Já o promotor da Infância e Juventude de Campo Grande (MS), Sérgio Harfouche, é um dos que defendem a adoção de procedimento semelhante emCampo Grande (MS), que possui número expressivo de crianças e adolescentes envolvida com o consumo de drogas. 

Harfouche explica que "o abrigamento compulsório poderia ser feito por órgãos públicos, recolhendo os dependentes químicos diretamente das ruas, o que é diferente da internação involuntária, que também é contra a vontade do viciado e requerida pelos pais ou responsáveis", alega. 

Para a coordenadora nacional do Movimento Brasil sem Drogas, Andreia Salles, que apoia o evento, "a medida não é apenas válida, mas necessária como estratégia para levar ao tratamento os que vivem nas ruas e dependentes de drogas. "Os poderes públicos tem que promover a internação compulsória com a garantia da  continuidade desse trabalho, cuidando-se depois da reinserção social dos que forem recuperados", avalia. 


Justiça Terapêutica
O objetivo da Justiça Terapêutica é substituir o encarceramento de pequenos infratores viciados pelo tratamento, seja com o consentimento do infrator ou não.  Com o objetivo de tratar, a punição passa a ser uma preocupação secundária, já que o importante é tratar o que causa os problemas e não só os seus sintomas - infrações. Essa medida enquadra-se tanto para o vício em drogas ilícitas (cocaína, pasta-base, maconha...) quanto para as substâncias consideradas legais, como o álcool.


Programação
Auditório da OAB/DF
Turno da noite (19h às 22h)
Entrega de certificado de participação para advogados


19h – Abertura: presidente da OAB (Juliano Costa Couto)
19h10 – Secretário de Estado de Justiça e Cidadania do DF,  Marcelo Lourenço Coelho de Lima 
19h20 – Presidente da Comissão de Prevenção ao Uso de Drogas, Patrícia Nunes Naves.
19h30 – Palestrante 1 - ministro do Desenvolvimento Social e Agrário , Osmar Terra
20h – Perguntas e respostas
20h30 – Palestrante 2 - Dr. Sérgio Harfouche
21h00 – Palestrante 3 - Dr. José Theodoro Corrêa de Carvalho)
21h20 – Perguntas e respostas
21h30 – Encerramento e entrega dos certificados


Assessoria de imprensa
Marcos Linhares 
Vitor Ferns 

terça-feira, abril 19, 2016

América Latina pode reequilibrar mercado de petróleo após fracasso de acordo em Doha


HOUSTON/NOVA YORK (Reuters) - A tensão financeira sobre os produtores de petróleo da América Latina pode ajudar a fornecer o veículo para o reequilíbrio do mercado que os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e outros países não conseguiram entregar em Doha no domingo.
A recusa do Irã em discutir um teto para sua crescente produção no encontro do final de semana levou a Arábia Saudita a sabotar o acordo que há apenas alguns meses os otimistas apostavam que teria adesão e poderia ajudar a resolver a pior derrocada dos preços da commodity em uma geração.
"Não há dúvida que México, Venezuela e Colômbia estão todos caindo. Claramente é a Bacia da Costa Sul do Atlântico que está sendo atingida no lado da produção e o reequilíbrio está a caminho", disse o especialista e presidente executivo da consultoria PIRA Gary Ross.
Com o excesso global de oferta do ano passado em 1,2 milhão de barris por dia, a produção norte-americana deve cair em 800 mil barris por dia, ante os níveis de um ano atrás, disse Ross.
Complementando isso, haveria quedas de 150 mil bpd na Venezuela, 100 mil bpd no México e um declínio acentuado na Colômbia. No total, isso corresponderia a um corte de produção de 1 milhão de bpd, o que em conjunto com outras quedas eliminaria a sobreoferta e começaria a reduzir o excesso de produção.
As quedas na América Latina ainda podem ser maiores que o esperado. A Petrobas, que visa elevar marginalmente sua produção este ano, tem sido investigada pelas autoridades em meio ao pior escândalo de corrupção da história do país, o que está desacelerando os investimentos da companhia.
Pressionados pela redução de investimentos em suas instalações e pela queda nas exportações, Venezuela e Equador, membros da Opep, pressionaram fortemente por um corte de produção conjunto desde o fim de 2014, mas os esforços têm se mostrado insuficientes para atrair apoio dos maiores produtores de petróleo do mundo, Rússia e Arábia Saudita.

(Por Marianna Parraga e Jessica Resnick-Ault)

Ministro dos Portos pede demissão; Dilma definirá data da saída, dizem fontes

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BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Secretaria dos Portos, Helder Barbalho (PMDB), pediu demissão do cargo à presidente Dilma Rousseff, disseram nesta terça-feira à Reuters três fontes com conhecimento sobre o assunto.
Segundo uma das fontes governistas, Barbalho apresentou seu pedido à Dilma na noite de segunda-feira. A presidente teria aceitado, segundo essa fonte, e a data da saída será definida por ela.
Na conversa, segundo duas essas fontes, uma do governo e outra do PMDB, Barbalho teria dito que, após a decisão da Câmara dos Deputados de aprovar a abertura do processo de impeachment, vai seguir a determinação do seu partido de desembarcar do governo.

(Por Leonardo Goy)

Dólar cai ante o real com exterior e ausência do BC

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SÃO PAULO (Reuters) - O dólar recuava frente ao real nesta terça-feira, refletindo o bom humor no exterior com a alta dos preços do petróleo e a ausência do Banco Central do mercado, enquanto operadores aguardavam novos desdobramentos do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
Às 10:16, o dólar recuava 0,65 por cento, a 3,5738 reais na venda, depois de saltar mais de 2 por cento na sessão passada. Na mínima deste pregão, chegou a 3,5529 reais.
O dólar futuro, que havia ampliado os ganhos sobre o real após o fechamento do mercado à vista na véspera, recuava 1,2 por cento.
"É um dia positivo no mundo todo e até agora, o BC não deu as caras", resumiu o superintendente regional de câmbio da corretora SLW, João Paulo de Gracia Corrêa.
Uma greve de trabalhadores no Kuweit praticamente reduziu pela metade a produção de petróleo no país, elevando os preços das commodities após o forte tombo da véspera.
O movimento alimentou a demanda por ativos que carregam maior risco nos mercados globais, levando o dólar a recuar contra moedas como os pesos chileno e mexicano.
No Brasil, contribuía para reduzir as cotações a ausência do BC, que não anunciou para esta sessão qualquer intervenção no câmbio, pelo menos por enquanto. A autoridade monetária vem atuando pesadamente no mercado, principalmente por meio de swaps cambiais reversos, que equivalem a compra futura de dólares.
"Ele preferiu sondar o mercado antes de voltar a entrar. Parece que está dando seu aval para essa queda (do dólar) de hoje", afirmou o operador de um banco nacional que negocia diretamente com o BC.
Investidores também adotavam alguma cautela enquanto aguardavam novidades no cenário político. A Câmara dos Deputados aprovou no fim de semana com folga a continuidade do processo de impeachment da presidente Dilma e a decisão agora precisa ser sancionada por maioria simples no Senado para que ela seja afastada temporariamente, até o parecer final da Casa.

(Por Bruno Federowski)

Presidente da Anatel diz que não existe nenhum serviço que seja ilimitado


BRASÍLIA (Reuters) - O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, afirmou nesta segunda-feira que não existe nenhum serviço que tenha oferta ilimitada aos consumidores, mas que as operadoras de telefonia do país falharam ao comunicarem suas ofertas aos usuários.
Rezende fez o comentário durante apresentação a jornalistas sobre regras publicadas pela agência nesta segunda-feira que obrigam as operadoras a criarem ferramentas que permitam aos consumidores controle sobre o quanto trafegam de dados.
"É importante dizer que na energia elétrica existe consumo limitado, na água existe consumo limitado e isso vale também para a Internet", disse Rezende.
O presidente da Anatel ainda ressaltou que "nem todos os modelos cabe a ilimitação total do serviço, porque não vai haver rede que suporte os aplicativos que estão à disposição do usuário hoje".
Pelas regras publicadas pela Anatel mais cedo, as operadoras estão impedidas de reduzirem ou cortarem serviço de banda larga fixa a clientes que excederem franquias de uso. O corte ou a redução apenas poderá ser feito 90 dias depois que a agência publicar documento que reconheça cumprimento de condições pelas operadoras que incluem a disponibilização de ferramentas que permitam aos usuários aferirem o consumo de dados de seu plano de banda larga.
As empresas que descumprirem as exigências impostas pela Anatel estão sujeitas a uma multa diária de 150 mil reais até o limite de 10 milhões de reais. A Superintendente de Relações com Consumidores da agência, Elisa Leonel, disse a jornalistas que as operadoras já estão sujeitas a sanções da Anatel e às penalidades por descumprimento do Regulamento Geral de Direitos do Consumidor de Serviços de Telecomunicações (RGC). Ela, porém, não deu detalhes.
Para o secretário de Telecomunicações do Ministério das Comunicações, Maximiliano Martinhão, as regras publicadas pela Anatel nesta segunda-feira "trazem uma tranquilidade nesse momento. A gente vai ter oportunidade de avaliar cuidadosamente a implementação dessas medidas pelas empresas".
Mais cedo, porém, o presidente-executivo da Telefônica Brasil, Amos Genish, afirmou que as medidas da Anatel são "um reforço sobre o que já existe" em termos de regulamentação do setor.
Segundo ele, a Vivo não vende atualmente nenhum pacote de banda larga fixa com limite de franquia, mas afirmou que diante do crescente uso dos serviços pelos clientes "pacotes sem franquias podem ser insustentáveis" no futuro.
Em comunicado à imprensa, a Anatel afirmou que as medidas foram motivadas pelo fato de que hoje, mesmo quando os contratos e planos de serviços preveem algum tipo de restrição após o consumo da franquia, a prática de mercado mais comum é que o consumidor continue navegando normalmente.

(Por Cesar Raizer)

Tribos indígenas mais isoladas do Brasil correm risco de "aniquilação", dizem ativistas



Por Chris Arsenault
RIO DE JANEIRO (Thomson Reuters Foundation) - Tribos indígenas que vivem na Floresta Amazônica brasileira e que têm pouco ou nenhum contato com o mundo exterior estão correndo risco de "aniquilação" nas mãos de lenhadores, rancheiros e mineradores ilegais que querem suas terras, alertou um grupo de ativistas nesta terça-feira.
O Brasil abriga mais de 100 tribos "nunca abordadas", de acordo com estimativas do governo baseadas em imagens de satélite e entrevistas com agrupamentos indígenas vizinhos, e seus direitos constitucionalmente garantidos não estão sendo protegidos por falta de vontade política e de recursos, informou a entidade Survival International.
No momento em que a presidente Dilma Rousseff enfrenta a possibilidade de um impeachment e o país sofre com a recessão, os ativistas temem que interesses empresariais poderosos levem à aceleração do deslocamento de grupos indígenas para se obter acesso a terras que durante séculos eles chamaram de lar.
"Os povos indígenas querem proteger a terra, mas não têm poder de fogo para enfrentar os madeireiros clandestinos ou os matadores contratados pelos fazendeiros", afirmou Fiona Watson, ativista da Survival International, à Thomson Reuters Foundation.
"Para as tribos que nunca foram abordadas, aniquilação significa a destruição de sua terra e de seus meios de subsistência... o genocídio de povos nunca abordados é uma situação que já está ocorrendo", completou ela.
Sua organização está pressionando o governo brasileiro a aplicar as leis de proteção de terras indígenas antes da Olimpíada do Rio de Janeiro de 2016, que começa em agosto.
A Fundação Nacional do Índio (Funai), encarregada de garantir o respeito aos direitos das tribos, não respondeu de imediato a um pedido de comentários.
Representando menos de um por cento da população de mais de 200 milhões de habitantes do Brasil, os povos indígenas são afetados de forma desproporcional pela pobreza e pela desnutrição, afirmou uma autoridade da Organização das Nações Unidas (ONU) no mês passado.
Fiona disse que a situação é especialmente angustiante para tribos isoladas como os Kawahiva, cujos números se acredita terem caído para menos de três dezenas de pessoas ao longo dos últimos 30 anos. Sem resistência imunológica contra doenças como a gripe e o sarampo, eles são especialmente vulneráveis a incursões de fora, disse a Survival International.

Comunidades que foram expulsas de seus territórios ancestrais muitas vezes passam a viver em estradas ou em reservas superlotadas, afirmou Fiona. 

Arrecadação cai 7% em março e soma R$95,779 bi, diante do quadro de recessão


BRASÍLIA (Reuters) - A arrecadação federal seguiu em trajetória de intenso declínio em março, com queda real de 6,96 por cento sobre igual mês de 2015, a 95,779 bilhões de reais, em meio à contínua fraqueza da atividade econômica.
O dado, divulgado nesta terça-feira pela Receita Federal, veio melhor que a estimativa de 93 bilhões de reais em pesquisa Reuters.
Mesmo assim, representou a pior performance para a arrecadação em março desde 2010, quando somou 91,139 bilhões de reais, cifra corrigida pela inflação.
No acumulado do primeiro trimestre, a arrecadação somou 313,014 bilhões de reais, queda real de 8,19 por cento na comparação com o mesmo período do ano passado.
Em março, a arrecadação foi diretamente afetada pelo recuo em tributos de peso, como Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e Cofins/Pis-Pasep, que recuaram cerca de 5 por cento. A receita previdenciária, por sua vez, sofreu declínio real de 4,22 por cento sobre um ano antes.
Por outro lado, as desonerações diminuíram, passando de 9,843 bilhões em março de 2015 para 7,145 bilhões de reais no mesmo mês deste ano.
Sem elevação das receitas tributárias, diretamente afetadas pela economia em recessão, a tarefa de reequilíbrio das contas públicas torna-se cada vez mais distante.
De olho nessa realidade, o Executivo propôs no fim de março que o governo central (Tesouro, Previdência e Banco Central) possa encerrar o ano com déficit primário de 96,65 bilhões de reais em 2016, ante meta ainda vigente de superávit para a economia para pagamento de juros da dívida de 24 bilhões de reais.
O projeto de lei, que abre as portas para o terceiro rombo consecutivo nas contas do governo, considera a possibilidade de abatimento na meta de até 40,3 bilhões de reais com frustração de receitas administradas no ano.

(Por Marcela Ayres)

Equador vê poucas chances de encontrar sobreviventes; número de mortos sobe para 443


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Por Julia Symmes Cobb e Ana Isabel Martinez
PEDERNALES/CANOA, Equador (Reuters) - Assolado por um forte terremoto no fim de semana, o Equador está diante da dura realidade de recuperar mais corpos do que sobreviventes nesta terça-feira, terceiro dia depois da tragédia, e o saldo de mortes subiu para mais de 400.
Rezando por milagres, familiares desesperados imploravam para que as equipes de resgate encontrassem seus entes queridos enquanto escavavam os destroços de casas, hotéis e lojas desmoronadas na costa do Oceano Pacífico, a região mais atingida.
O número de mortes chegou a 443, e a previsão é que aumente ainda mais.
O terremoto danificou ou destruiu cerca de 1.500 edifícios e obrigou mais de 20 mil pessoas a passarem a noite em abrigos, de acordo com o governo equatoriano.
Em visita à região do desastre, o presidente equatoriano, Rafael Correa, visivelmente comovido, disse que a reconstrução irá custar entre 2 bilhões e 3 bilhões de dólares e que pode representar um fardo "pesado" à nação de 16 milhões de pessoas.
Em Pedernales, uma cidade litorânea rústica que ficou devastada, multidões se reuniam atrás de fitas de isolamento para ver bombeiros e policiais revolvendo os escombros noite adentro. O estádio de futebol da localidade está servindo como um centro de apoio e necrotério improvisados.
"Encontrem meu irmão, por favor!", gritava Manuel, de 17 anos, gesticulando com os braços para o céu diante de uma pequena loja de esquina onde seu irmão caçula trabalhava quando o tremor aconteceu, na noite de sábado.
Quando um passante disse que recuperar o corpo pelo menos lhe daria o conforto de poder enterrar o irmão, Manuel gritou "Não diga isso!".
Mas para ele e centenas de equatorianos angustiados com o desaparecimento de parentes, o tempo está acabando.
A partir desta terça-feira, os esforços de resgate irão se tornar muito mais uma busca por cadáveres, disse o ministro do Interior do Equador, José Serrano, à Reuters.
Em muitos vilarejos ou cidades mais isoladas, os sobreviventes sofrem com a falta de água, eletricidade e transporte. As operações de resgate continuam, mas o cheiro de decomposição é um indicativo do que provavelmente irão encontrar.
Quase 400 socorristas de vários países vizinhos foram ao Equador prestar ajuda, além de 83 especialistas da Suíça e da Espanha. Os Estados Unidos disseram que irão enviar uma equipe de especialistas em desastres, e Cuba está encaminhando uma equipe de médicos.

Para financiar esforços emergenciais, cerca de 600 milhões de dólares em crédito de creedores multilaterais foi ativado, informou o governo.

Petroleiros começam a se mobilizar contra impeachment e podem realizar greve

Resultado de imagem para petroleiro trabalhador

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Os sindicatos de funcionários da Petrobras iniciam nesta semana reuniões com a categoria para discutir o futuro da petroleira diante do risco de impedimento da presidente Dilma Rousseff e poderão decidir por uma greve, disse à Reuters nesta terça-feira o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel.
Para a federação, historicamente ligada ao PT, o possível impeachment de Dilma poderá acelerar a venda de ativos da empresa e retirar a obrigatoriedade da companhia ser operadora das áreas do pré-sal, nas bacias de Campos e Santos. Os petroleiros temem perder direitos com uma mudança no governo.
"Vamos começar a trabalhar, você não constrói uma greve de um dia para outro. Esse é o primeiro passo", afirmou Rangel, que foi representante dos funcionários no Conselho de Administração da Petrobras.
O plano de venda de ativos da empresa, mesmo no governo do PT, já foi um dos principais motivos para a pior greve da Petrobras nos últimos 20 anos, em novembro, com forte impactro na produção.
"A agenda que está sendo tocada pela diretoria da Petrobras é conservadora, mas tem um ditado que diz que nada é tão ruim que não possa piorar", disse Rangel.
O governo do PT foi responsável pela criação de novas regras do setor de petróleo, com o objetivo de aumentar o controle estatal sobre o pré-sal.
O afastamento da presidente, na avaliação do sindicalista, poderá resultar em mudanças na lei que reduziriam a atuação da Petrobras em áreas do pré-sal.
Investidores e analistas estrangeiros, no entanto, acreditam que uma maior flexibilidade para a Petrobras, com a saída de Dilma, poderia colaborar para uma diminuição da dívida da estatal.
A Câmara dos Deputados aprovou no domingo o pedido de abertura do processo de impeachment contra a presidente.
"Vamos trabalhar para que esse processo não vá adiante no Senado", declarou Rangel.
O pedido aprovado pela Câmara foi entregue ao Senado, que poderá rejeitar e arquivar o caso ou autorizar a instalação do processo, cenário que implicaria no afastamento de Dilma do cargo por até 180 dias, período em que o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assumiria a Presidência da República interinamente.

Rangel declarou que o sentimento dos sindicalistas sobre a aprovação na Câmara é de "muita frustração" e criticou as declarações dos deputados durante as votações.